Profissional do Mais Médicos é investigado após denúncias de assédio e importunação sexual na Bahia
Médico teria mandado mensagens libidinosas para adolescentes da cidade de Palmeiras e para uma estagiária da unidade de saúde onde trabalha. Pedido de afastamento dele foi feito ao Ministério da Saúde.
Um profissional do programa Mais Médicos é investigado pela Delegacia de Palmeiras, Chapada Diamantina, após denúncias de assédio e importunação sexual contra adolescentes. Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Saúde já havia sido acionado, com o pedido de afastamento do médico.
Ele trabalha na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Vale do Capão. As denúncias relatam que ele teria se aproveitado a posição que ocupava para mandar mensagens com conteúdos libidinosos para adolescentes, caracterizando o crime de importunação sexual.
Diversas capturas de telas de celular, com o que seriam troca de mensagens atribuídas a ele, foram amplamente divulgadas na internet. O g1 entrou em contato com o médico, para saber a versão dele para a história, e aguarda retorno.
Outra denúncia é de que uma jovem, estagiária da unidade de saúde, também teria sido vítima deste mesmo profissional – o que configura o crime de assédio sexual, por causa das hierarquias de trabalho.
A Polícia Civil informou ao g1 que todas as investigações estão em curso, mas que não pode divulgar detalhes para não atrapalhar a apuração. O g1 buscou a Prefeitura de Palmeiras, que informou que recebeu as denúncias por meio de moradores da cidade.
Com os relatos, a gestão constituiu uma comissão para apurar, administrativamente, as infrações cometidas pelo médico. Por ser integrado ao programa Mais Médicos, o profissional não pôde ser retirado das atividades diretamente pela prefeitura, que buscou o Ministério da Saúde e pediu a suspensão.
A gestão informou ainda que o governo federal abriu um processo administrativo, mas ainda não respondeu a solicitação de afastamento. A reportagem procurou o Ministério da Saúde, que pediu um prazo para apurar o caso.