Após passar por uma audiência de custódia no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, a técnica de enfermagem, de 37 anos, que confessou ter escondido um corpo dentro da geladeira em um apartamento teve a prisão preventiva decretada. A informação foi confirmada pelo delegado Tarcísio Tenório, que investiga o caso.
De acordo com ele, após audiência, o juiz determinou que a suspeita fosse encaminhada para uma avaliação psiquiátrica no Hospital São José, na capital. Depois de avaliada, ela pode ser levada para o presídio feminino ou para uma unidade de saúde de custódia.
Mais cedo, a delegada Roberta Fortes informou que a mulher confessou que havia guardado o corpo dentro da geladeira. "Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira", disse.
A identidade da vítima está sendo apurada. "Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou quem seria a pessoa e que teria tido um relacionamento amoroso com ele, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade", acrescentou a delegada.
O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de uma mala na geladeira de um apartamento do Bairro Suíssa, na Zona Sul de Aracaju, nessa quarta-feira (20), durante uma ação de despejo contra a suspeita que ocupava o imóvel juntamente com a filha de quatro anos.
Quando oficiais de justiça chegaram ao apartamento para cumprir a ordem de despejo, a porta foi arrombada e a mulher foi encontrada em um dos cômodos, desacordada e sangrando. A informação é que a ela teria atentado contra a própria vida após saber que seria despejada.
A criança, que não estava ferida, foi encontrada sentada em um sofá, assistindo a um vídeo em um celular. Ela foi retirada do apartamento pelo Conselho Tutelar e entregue a família.
Lixo e entulhos pelo apartamento
Além da ocultação de cadáver ela está sendo acusada de maus-tratos contra a criança porque o apartamento estava em situação de insalubridade. O imóvel estava muito sujo e com objetos espalhados. Segundo um vizinho da suspeita, ela morava no local há cerca de 12 anos e não costumava receber visitas, mas também não levantava suspeitas.
A delegada Roberta Fortes disse que outros vizinhos informaram que o apartamento tinha odor de lixo, mas o mau cheiro do corpo não era sentido.